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Na esfera da palavra


Certa palavra delituosa foi projetada ao mundo por uma boca leviana e, em breves dias, desse quase imperceptível fermento de incompreensão, nasceu vasta epidemia de maledicência.
Da maledicência surgiram apontamentos ingratos, estabelecendo grande infestação de calúnia.
Da calúnia apareceram observações impróprias, gerando discórdia, perturbação, desânimo e enfermidade.
De semelhantes desequilíbrios, emergiram conflitos e desvarios, criando aflição e ruína, guerra e morte.
Meus irmãos, para o médico desencarnado o verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
A palavra deprimente é sarna invisível, complicando os problemas, enegrecendo o destino, retardando o progresso, desfazendo a paz, golpeando a fé e anulando a alegria.
Se buscamos no mundo selecionar alimentos sadios, na segurança e aprumo do corpo, é indispensável escolher conversações edificantes, capazes de preservar a beleza e a harmonia de nossas almas.
Bocas reunidas na exaltação do mal assemelham-se a caixotes de lixo, vazando bacilos de delinqüência e desagregação espiritual.
Atendamos ao silêncio, onde não seja possível o concurso fraterno…
Disse o profeta que «a palavra dita a seu tempo é como maçã de ouro em cesto de prata».
No entanto, só o amor e a humildade conseguem produzir esse milagre de luz.
Para cooperar com o Cristo, é imprescindível sintonizar a estação da nossa vida com o seu Evangelho Redentor.
Busquemos sentir com Jesus.
Não nos esqueçamos de que a língua fala com os homens e de que o coração fala com Deus.
(André Luiz,  Livro Instruções Psicofônicas, cap 9 –  Psicografia de Chico Xavier).


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Teu recomeço



 Cada momento podes recomeçar uma tarefa edificante que ficou interrompida. Nunca é tarde para fazê-lo; todavia, é muito danoso não lhe dar prosseguimento.
Para uma atividade por motivos superiores às forças é fenômeno natural. Deixá-la ao abandono é falência moral.
A vida é constituída de desafios constantes. Sai-se de um para outro em escala ascendente de valores e conquistas intelecto-morais.
Sempre há que se começar a viver de novo.
Uma decepção que parece matar as aspirações superiores; um insucesso que se afigura como um desastre total, um ser querido que morreu e deixou uma lacuna impreenchível; uma enfermidade cruel que esfacelou as resistências; um vício que, por pouco, não conduziu à loucura; um prejuízo financeiro que anulou todas as futuras aparentes possibilidades; uma traição que poderia ter-te levado ao suicídio, são apenas motivos para recomeçar de novo e nunca para se desistir de lutar.
Não houvesse esses fenômenos negativos na convivência humana, no atual estágio de desenvolvimento das criaturas, e os estímulos para o progresso e a libertação seriam menores.
Colhido nas malhas de qualquer imprevisto ou já esperado problema aterrador, tem calma e medita, ao invés de te deixares arrastar pela convulsão que se irá estabelecer. Refugia-te na oração, a fim de ganhares força e inspiração divina.
Como tudo passa, isto também passará, e, quando tal acontecer, faze teu recomeço, a princípio, com cautela, parcimonioso, até que te reintegres novamente na ação plenificadora.
Teu recomeço é síndrome de próxima felicidade.
(Joanna de Ângelis, Filho de Deus, p. 48,49).
 


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Tua hora de humildade


Se ainda te observas distante de viver a humildade continuamente em todas as
horas do dia, podes vivê-la uma hora diária pelo menos…
Traça o teu programa diário de humildade iniciante. Escolhe uma hora dentre as
horas de cada dia a fim de aperfeiçoares os próprios sentimentos, exercitando a
maior conquista do espírito – a humildade.
Que nessa hora te despreocupes da pressa, da convenção, do calculismo, das
inquietações contumazes e de ti mesmo, para que te adestres no sacrifício, na
indulgência desinteressada, na solicitude fraterna e na cooperação espontânea.
Será essa a tua hora de procurar o último lugar, a hora de te apagares para que se
eleve o brilho dos outros…
Em tua hora de humildade constituir-te-ás em médium do amor de Cristo entre os
homens; serás, especialmente, o servo de todos, o irmão comum, a partícula viva e
anônima que se funde no todo da Humanidade, sem qualquer amor-próprio ou
interesse pessoal.
Que olvides, nesse lapso de tempo, toda tisna de vaidade, todo propósito de
personalismo e até as mínimas excitações acerca do futuro para viver o presente, o
dia que flui, os momentos de teu serviço puro!
Nessa hora sê bom acima de ti, acima de tudo, acima de tuas próprias vantagens,
para que teus sorrisos abram outros sorrisos, para que tua palavra confiante
semeie outras palavras de esperança, para que tua vontade de acertar alicie outras
vontades para a renovação maior.
Anula nesses sessenta minutos a tensão emocional a respeito de títulos, condições
sociais, inclusive a censura a ti próprio, no que tange à defesa do teu lugar ao sol…
Que a tua hora de humildade seja cultivada esmeradamente, cada dia, nos lugares
em que deva ser exercida para favorecer-te a ascensão espiritual, seja no escritório,
na via pública, no entendimento entre amigos ou na intimidade do lar…
Que nesse interregno respires acima de todas as conveniências individuais,
fazendo maiores concessões ao próximo, superando o temperamento, procurando
usar mais ampla docilidade com quem te não compreende, buscando acertar onde
ninguém ainda o conseguiu, diligenciando efetuar os mais difíceis serviços de
fraternidade, testemunhando o bem na escala que ainda não pudeste e
relembrando que o teu corpo, em dia próximo, regressará, inelutavelmente ao pó de
onde veio.
Recebe no coração a visita do Senhor, ainda que por breves minutos durante o dia.
Começa a ser humilde, abolindo todo desculpismo e conquistando o tempo
necessário para a tua hora de humildade e acabarás incorporando em ti mesmo os
valores supremos do benfeitor maior que, na conceituação do Cristo, será sempre
aquele que se fizer o servidor de todos.
André Luiz, livro Sol nas almas, psicografia de (Waldo Vieira).


 

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