Renato Prieto estreia no cinema no espírita ‘Nosso Lar’

Renato Prieto estreia no cinema no espírita ‘Nosso Lar’

No teatro, Renato Prieto já soma cinco milhões de espectadores, em 12 espetáculos sobre o espiritismo. Na próxima sexta-feira, quando o filme “Nosso Lar” estreia em 400 salas de cinema em todo o Brasil, o ator vai se tornar um nome ainda mais conhecido do público. Ele será o médico André Luiz na adaptação para as telonas do famoso livro de Chico Xavier.


Mas se engana quem pensa que a religiosidade do ator serve apenas para ganhar o pão de cada dia. Espírita, ele diz que sua relação com o assunto começou cedo.

— Quando eu era garoto, conversava com pessoas que não existiam de verdade, que andavam pela minha casa, pelo jardim… Desde então sabia que havia mais coisas entre o céu e a terra do que sonha nossa vã filosofia — diz o ator, de 55 anos: — Eu tinha uma inquietação dentro de mim. Então, com 18 anos, conheci Alan Kardec, e passei a estudá-lo.

Visão da mãe morta 
A sensibilidade para ver espíritos continua.

— Sempre tive uma grande percepção extrasensiorial. Certa vez, dois anos após a morte da minha mãe, estava no palco e senti que ela estava presente, sentada na primeira fila. Ela fez um “psiu” e deixou claro que não estava ali para atrapalhar meu trabalho — diz Prieto, que encerra amanhã a temporada de “A morte é uma piada”, seu mais recente espetáculo, no Teatro América, na Tijuca.

No set de “Nosso Lar”, nada de fenômenos sobrenaturais: o ator fez questão de se concentrar somente no trabalho, o que, por si só já lhe exigiu bastante. Antes das filmagens, teve apenas 50 dias para perder quase 18 quilos, precisou de acompanhamento médico e fez RPG para melhorar a postura. Se não bastasse tudo isso, ainda tinha a responsabilidade de viver o personagem mais famoso dos livros de Chico, com quem esteve quatro vezes, a última no aniversário de 90 anos do médium.

— Existe um número incomensurável de homens que se chamam André Luiz por causa de “Nosso Lar”, que foi lido por quase 13 milhões de pessoas. Dar cara a esse personagem foi uma honra — explica ele, que no próximo mês se reúne na Globo para falar sobre o papel em uma minissérie, que, ao menos por enquanto, não tem nada de sobrenatural.

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