CHICO XAVIER É A OBEDIÊNCIA ÀS ORIENTAÇÕES ESPIRITUAIS


           A vida notória de Chico Xavier imprime em cada ser, desde os mais austeros até os mais sensíveis, dos cépticos aos fervorosos, registros de encanto e reconhecimento. Órfão desde os cinco anos de idade, quando passou a morar com a senhora Rita de Cássia, velha amiga e madrinha de Chico, passou a sofrer surras e mais surras, além da tortura do garfo fincado em sua barriga.

    

 Porém, ao ver sua mãe, então desencarnada, pela primeira vez, recebeu a ordem de a tudo suportar com paciência, conforme descreve Ramiro Gama na obra Lindos Casos de Chico Xavier: “— Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.— Mas, — tornou a criança — minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo.— Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.”

     Em obediência à orientação da saudosa mãezinha, Chico passou a suportar toda a tortura, resignado e com paciência, de maneira que após algum tempo, nova orientação da mãe querida de Chico obedeceu com resignação, que foram as lambidas na ferida do filho adotivo de dona Rita de Cássia, que resultou, aliada às ações dos Espíritos, na cura do ferimento, o que permitiu ao Chico passar uma semana inteira sem surras e sem garfadas.

     O Espírito Emmanuel, orientador espiritual de Chico Xavier e um dos emissários do Cristo, responsável pela propagação da Boa Nova, dirigia as atividades do médium mineiro com energia e zelo, de maneira, que no primeiro contato de Chico com o venerável Emmanuel (guia espiritual do médium) deixou para ele e para nós, a eterna lição da disciplina, disciplina, disciplina.

     Em outro tópico da obra já citada, percebemos a nítida obediência de Chico às orientações de Emmanuel: “Atendendo a instruções de Emmanuel, Chico iniciava os trabalhos no “Centro Espírita Luiz Gonzaga” às oito da noite, encerrando-os às dez horas, enquanto freqüentou sozinho a instituição”. A obediência à orientação dos Espíritos está intimamente ligada à prática da humildade. Não há obediência sincera, verdadeira e real, sem a humildade na sua mais alta expressão. Não há obediência às orientações espirituais sem a esperança, sem a fé e sem a certeza de que tudo procede da vontade do Senhor Jesus, que por sua vez obedece ao Pai Criador.

     Inúmeros fatos da vida do “Mineiro do Século” poderiam ser citados referendando a nobre obediência de Chico Xavier às orientações espirituais. Porém, nada é mais real e expressiva que a entrega de corpo (franzino, limitado e doente) e alma (nobre, rica em virtudes) à prática do amor ao próximo, em obediência à recomendação de Jesus “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. Seu mandato mediúnico foi acompanhado, desde o início, pela prática da caridade. Ele foi o consolo, o alimento para as criaturas, a segurança e o alívio do frio, da fome, da sede de amor fraternal…

     Sua magistral obra é fruto da disciplina e da dedicação. Sem orientação espiritual e sem obediência a estas, impossível se chegar ao fim da encarnação com a missão cumprida. Até mesmo aos grandes espíritos essa condição é essencial, como nos prova Chico. Desta forma, se essa obediência é tão necessária aos nobres missionários, imaginem a nós, seres imperfeitos e impuros persistentes nas trevas e que por hora não temos nos rebelado à luz?

     Além das mais de 400 obras deixadas por Francisco Cândido Xavier, legado de luz, complementação e continuidade da Terceira Revelação, fica o exemplo ímpar da resignação, humildade, vivência do amor, paciência e caridade, impulsionando, como força motriz, a um refazimento e renovação de postura, com vistas ao nascimento do homem novo, obediente às orientações que os bons Espíritos nos direcionam.

     Louvado seja Deus! Assim saudavam os cristãos primitivos.

     Louvado seja Jesus, Mestre amoroso que nos serve de Guia e Modelo!

     Louvado seja Kardec, o emissário encarnado da Terceira Revelação!

     Louvado seja Chico Xavier, o espírita, o médium, o cristão verdadeiro! 

     Bibliografia:

     Lindos Casos de Chico Xavier

     Ramiro Gama

     19ª  edição

     Livraria Allan Kardec Editora

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