Sobre Chico Xavier


Chico Xavier tem sua vida contada em filme que estreia dia 2 de abril

Nelson Xavier vive o médium em  

Na última terça-feira, 1.350 pessoas
lotaram o Teatro Municipal de Paulínia, no interior de São Paulo, para
assistir à pré-estreia de “Chico Xavier”. Ao fim de duas horas e cinco minutos
de filme, uma reação do público chamou a atenção; após os aplausos, comuns
neste tipo de sessão, um silêncio respeitoso, que mais parecia o de uma prece,
tomou conta da sala. Uma conclusão ficou clara para quem presenciou a cena: o
longa, que tem Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier na pele do
protagonista, vai mexer e emocionar muita gente.

Diferentemente do que alguns podem
pensar, o filme sobre o médium não pretende fazer com que as pessoas se
convertam ao espiritismo. O que se vê na tela é a trajetória de vida de um
homem que sofreu muito na infância, por ser incompreendido, e que depois se
dedicou a ajudar os outros até morrer, aos 92 anos. Se as cartas psicografadas
por ele eram verdadeiras ou não? Essa é uma resposta que o longa não se
preocupa em dar.

— Nossa intenção não foi passar uma mensagem do espiritismo, mas
ensinamentos de vida. Era isso que Chico Xavier fazia — diz o diretor Daniel
Filho, que não é espírita: — Já fui umbandista, estive na Igreja Católica, mas
hoje não sou nada. Mesmo após fazer o filme não mudei minhas convicções. Sou
ateu, mas sou um homem de fé.

Quem viu suas certezas ficarem abaladas depois de mergulhar de
corpo e alma no filme foi Nelson Xavier. 

— Eu sabia da existência de Chico Xavier, mas o ignorava. Até o
dia em que Marcel (Souto Maior, autor da obra que inspirou o longa) me deu o
livro. Li e fiquei com muita vontade de fazer o filme. A partir daí as emoções
foram aumentando até se tornarem uma cachoeira — conta Nelson, que completa: —
Eu me considerava ateu, mas hoje não sei. A gente não pode passar incólume por
esta experiência. O amor tem que prevalecer.

Para Daniel Filho, a entrega de todos, de protagonistas a
figurantes, foi tão grande que refletiu diretamente no resultado final.

— As pessoas iam para o set de filmagens numa entrega total. Os
figurantes sentavam com os atores e eles rezavam juntos antes de gravar. Foi
uma coisa comovente — diz Daniel: — Teve uma cena que uma senhora começou a
incorporar antes de iniciarmos as filmagens. Tivemos que parar tudo e ela se
retirou.

Histórias emocionantes como essa também fizeram parte da
pré-produção do filme. Como quando uma equipe procurava pelas ruas de
Tiradentes por um vira-lata parecido com o que Chico Xavier tinha e eram
insistentemente seguidos por outro cachorro de rua. Cansados de procurar e não
achar, eles perguntaram para um grupo de pessoas se elas sabiam de quem era e
qual o nome daquele cachorro que não parava de os seguir. Até que um homem se
apresentou e disse: “O cachorro é meu. Ele se chama Chico”. Não deu
outra, o simpático vira-lata foi parar no cinema. 



E, como para quem acredita na luz de Chico Xavier nada acontece por acaso, o
filme estreia no dia 2 de abril, data que o espírita completaria 100 anos e uma
Sexta-feira Santa. Coincidência ou não, as forças do lado de lá parecem
estar trabalhando para que o filme seja um sucesso.

 

VEJA O TRAILER:

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