O QUE PODEMOS SUGERIR AO JOVEM PARA ESTIMULÁ-LO À LEITURA?
Ainda
sugere Manoel P. de Miranda: “Conveniente, desse modo, insistência e
perseverança. Leiam-se
pequenos textos e façam-se acompanhar as leituras subseqüentes reflexão da
parte examinada; tente-se a memorização, a anotação com exercício gráfico,
através do que se não conceda, porém, à mente, a ociosidade nem a escusa de
nada conseguir nesse capítulo.” 4
O jovem deve ser envolvido pelo processo de entusiasmo do ato de ler. Jamais
deverá ser obrigado a ler este ou aquele livro por imposição. Cabem aos pais,
educadores e à Mocidade Espírita propiciar momentos de divulgação e contatos do
jovem com as obras espíritas. Isso poderá ser feito por de:
Propaganda
do livro e do autor (de preferência autor espiritual);
Mural
(contando trecho ou parte do ensino)
Biblioteca
da Casa Espírita ou da Mocidade;
Ciranda
de livros (trocas de livros entre os próprios jovens).
Livro do
mês. Sugerir aos jovens um livro escolhido para ser estudado naquele mês e posteriormente,
(numa data fixa do calendário da Mocidade) avaliá-lo com os jovens.
Teatros –
escolher um trecho de um livro e encená-lo por meio de um pequeno teatro,
provocando nos jovens o interesse por saber o final da história.
Realizando
pequenos relatos, de outros jovens ou adultos, sobre a obra espírita que mais
lhe interessou e o porquê. 5
Nunca nos esqueçamos a quem quer que seja – criança, jovem ou adulto – “Divulgar,
por todos os meios lícitos, os livros que esclareçam os postulados espíritas,
prestigiando as obras santificantes que objetivam o ingresso da Humanidade no
roteiro da redenção com Jesus. A biblioteca espírita é viveiro de luz.”
Concluamos nossas reflexões com o esclarecedor alerta de Bezerra: “Será
indispensável, mesmo urgente, porém lecionar a essa juventude tão rica de
generosos pendores, tão enamoradas de ardentes ideais quanto desordenada e
inconseqüente em suas diretrizes, e a quem escasseiam exemplos edificantes,
lições enaltecedoras capazes de impulsioná-la, para a padronização do Bem,
porque as escolas do século XX não falam ao sentimentos do coração como não
revigoram as lídimas aspirações da alma juvenil, enquanto que as futilidades
destrutivas conluiadas como comodismo criminoso do século, aboletadas no seio
dos próprios lares, arredaram para muito longe o antigo dulçor dos conselhos
maternos como a respeitabilidade dos exemplos paternos […] Livros nocivos
proliferam em estantes de onde os exemplos moralizadores ou educativos
desertaram, corridos pela intromissão comercialista de uma literatura
deprimente, criminosa na facilidade com que se expande, viciando ou pervertendo
os corações em flor de jovens a quem mães descuidosas não apresentaram leituras
adequadas; enquanto revistas levianas, deseducativas, destilando o vírus da
inconveniência generalizada, seguem com os moços cujas mentes, muitas vezes
dotadas de ardores generosos se abastardam e estiolam vencidas por irrupções
letais , qual plantazinha mimosa à falta do ar e da luz portadores da Vida![…]Será
imprescindível, portanto, que os obreiros espirituais do Grande Educador de
Nazaré acorram solícitos, aqui e além, desdobrando-se em vigilâncias
incansáveis em todos os setores em que se movimenta a Humanidade – nos
pertinentes à literatura também, cuidadosos dos primórdios da grande renovação
que já se vislumbra nos horizontes do porvir.[…].
Surgem médiuns pelos quatro cantos do planeta, dispostos aos rigores inerentes
aos mandatos especiais que lhes couberam… E os ditados de Além-Túmulo se
avolumam na sociedade terrena, apresentando ao homem – à juventude – o
passa-tempo literário que lhes convém, em contraposição às más leituras a que
se habituaram… assim realizando, de um modo ou de outro, o que as escolas e
os lares se descuraram prevenir: – o ensino da Moral, o culto sincero e
respeitoso a Deus, à Honra e a Família!7
BIBLIOGRAFIA
CONSULTADA:
Áureo,
Amar e servir, FEB, lição 42.
Yvonne A.
Pereira, Recordações da mediunidade, p.98.
Emmanuel,
Livro da esperança, p.199-200.
Manoel P.
de Miranda, Tramas do destino, p.94.
Editora
Auta de Souza, Adolescência: um desafio para pais e educadores, p.295
6- André Luiz, Conduta espírita,
p. 52.
7- Adolfo Bezerra de Menezes, Tragédia
de Santa Maria, p.07-09